
A vinda de Emmanuel Macron
a Angola me lembra a França, e ao me lembrar de França, me vem a memória um
amontoado de informações que cheguei a conhecimento nas minhas aventuras de leituras,
nas noites frias de criciúma (-3ºC) onde o café aquecido até atingir os 100º de
ebulição, parecia mais morno do que quente.
Eu não gosto de discorrer
sobre certos assuntos, principalmente os que me forçam a ser politicamente correto
– não é muito o meu forte.
Voltando no tempo, quando
pressionado pelas entidades internacionais pro-independência dos povos
africanos, para não abrir mão de Angola, o colono português gritava em alto e
bom tom: “Angola não é uma colônia, Angola é um território ultramarino português”.
Isso aprendi com o Lendário historiador Manoel Lutoto Kuavi, ex-professor de
História e Filosofia no Ensino médio.
Atualmente, a França é um
dos poucos países no mundo que ainda possui territórios ou departamentos
ultramarinos – nesses territórios, existem povos e culturas com identidades
próprias, contudo, é justo afirmar e a história não me deixa mentir, que nalguns
destes territórios (normalmente ilhas ou arquipélagos) foi o próprio povo que
através de eleições ou memorando votou a favor da anexação ao país de Mbapé,
Zidane e tantos outros craks da bola que o futebol nos deu, como é o caso de
Mayotte, oficialmente “Departamento de Mayote”, é um departamento ultramarino
francês, situado entre o Oceano Índico e o Canal de Moçambique.
“Os
departamentos franceses ultramarinos são constituídos de territórios franceses administrados
fora do continente europeu. Os territórios ultramarinos franceses estão
espalhados pela América, África, Oceania e Antártica. Na América as
administrações francesas são: Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica, São
Bartolomeu, São Martinho, São Pedro e Miquelão. Na África, são: Maiote e
Reunião. Na Oceania são: Nova Caledônia, Polinésia Francesa e Wallis e Futuna.
Na Antártica são: Terras Austrais e Antárticas Francesas que são formadas pelas
ilhas de Terra Adélia, Kerguelen, Crozet, Amsterdam e São Paulo”.
O
parágrafo supra (entre aspas), tal como transcrito foi retirado da Wikipédia,
caro leitor, você precisa verificar a veracidade da informação. Poderia abrir
mão de alguns dos meus minutos para validar as referências, mas não fi-lo para
levar-lhe a pesquisar comigo.
Entretanto,
a França não é o único país que detém territórios ultramarinos, países como o
Reino Unido, Portugal e EUA também possuem, porém, nem todos os territórios são
habitados por um grande contingente populacional como é o caso de Mayotte e
outros sob jurisdição francesa.
A
sensivelmente 4 anos, vimos o ex-presidente do Brasil (Jair Bolsonaro) a
considerar Macron de alguém com uma mente colonialista, ao tentar interferir em
questões internas do Brasil relacionadas as queimadas na Amazônia, o que o
aclamado “Mito” pelos seus seguidores considerou uma afronta a soberania do seu
país. Acompanhei de perto essa “novela”, muito comentada no Brasil, onde me
encontrava com domicilio fiscal fixo na época. Eu sempre achei que a França tem
uma política internacional que a caracteriza a dezenas de anos, independentemente
do homem que esteve nas vestes de presidente.
Muitos
andam por ai a dizer que teve mãos da França no retrocesso da Líbia, que todas ex-colônias
da potência mundial andam na me#da, que têm movimentos estratégicos em muitos países
africanos, que fizeram isso e aquilo. Epha, outras coisas é virgulas e etcetras.
Prontos, no cenário internacional a França é um jogador habilidoso, um pequeno
Davi com capacidade de deixar cair Golias.
Num
turbilhão de informação que abarrotam o mundo contemporâneo, todo cuidado é
pouco com o que dizer ou escrever, e como frisei no primeiro parágrafo do
presente, não gosto de assuntos que me forçam a ser politicamente correto, por
isso evito.
Angola
e França têm boas relações, afinal, eles deram-nos empresas petrolíferas como a
Total, Ponticelli,
Technip, Schlumberger, Prezioso e outras atuantes em distintos setores da
economia, a muito que a França configura-se como um parceiro estratégico para
Angola. Obrigado Macron, se for para nos potenciar, vá com Deus e volte sempre.
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