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O presente artigo traça os aspetos gerais de como as mulheres começaram a guerra que deu origem ao movimento feminista. Historicamente, o ponto decisivo fundamental foi a Revolução Industrial, que causou a separação entre o reino particular da família, da fé e o reino público dos negócios e da indústria. Para entender as mudanças com mais clareza, comecemos fazendo um quadro da vida antes da Revolução Industrial.
A autora Nancy Pearcey argumenta que no período colonial, as famílias viviam de maneira muito semelhante ao modo como viveram por milênios nas sociedades tradicionais, a maioria das pessoas morava em fazendas ou em aldeias rústicas. O trabalho produtivo era feito em casa ou em seus anexos. O trabalho não era feito por indivíduos sós, mas por famílias ou casas. Assim uma casa era uma unidade econômica relativamente autônoma, abrangendo parentes, aprendizes, criados e trabalhadores assalariados, lojas, escritórios e oficinas ficavam na parte da frente da casa, enquanto a família morava em cima ou nos fundos.
Isso significava que o limite entre casa e mundo era bastante permeável, que o marido e a esposa trabalhavam juntos o dia inteiro. Cada negócio era um genuíno empreendimento familiar, marido e mulher trabalhavam lado a lado todos os dias. Certo historiador dizia que casamento "significava tornar colega de trabalho do marido, aprender novas habilidades em açougue, ourivesaria, impressão ou estofaria, qualquer que fosse a habilidade especial que o trabalho do marido requeresse".
Os registros históricos mostram também que nos dias coloniais não era incomum as viúvas continuarem o empreendimento familiar depois da morte do marido, elas tinham aprendido as habilidades necessárias para manter o negócio andando por conta própria, preparar as refeições sem ingredientes pré-processados; fazer sabão, botões, velas, remédios, etc. Muitos dos bens usados na sociedade colonial eram fabricados por mulheres, e como escreve Dorothy Sayers, elas trabalhavam com a cabeça e também com as mãos. O fato de tudo isso ocorrer em casa, as mães combinavam trabalho economicamente produtivo com criação de filhos e os pais estavam muito mais envolvidos na criação dos filhos do que hoje. No período colonial, o marido e pai era considerado o cabeça da casa.
A autoridade tinha uma definição muito específica: era um ofício divinamente sancionado que conferia o dever de representar, não seus interesses particulares, mas os da casa toda, esta condição considerava a instituição social (família, igreja ou estado) como unidade orgânica, em que todos tomavam parte de um bem comum, existia um "bem" para indivíduos, mas também havia um "bem" do todo, o qual era mais que a soma de suas partes. A definição culturalmente dominante de masculinidade era "masculinidade comunal", termo cunhado por Anthony Rotundo em American Manhood, em que o homem devia classificar o dever acima da ambição pessoal usando uma frase comum daqueles dias, ele tinha de se satisfazer por "utilidade pública" mais que por sucesso econômico e assim na vida do dia-a-dia, o pai desfrutava a mesma integração de trabalho e responsabilidades de criar filhos que a mãe.
Não podemos dar crédito a vida colonial, nem dizer que aquela época foi melhor que essa porque era uma vida difícil e muito cansativa, de trabalho opressivo e árduo. Nancy ainda explica que em termos de relações familiares, não há dúvida de que as famílias se beneficiavam da integração de vida e trabalho, algo extremamente raro em nossa época de fragmentação.
Mas tudo isso mudou com a Revolução Industrial, pois o seu principal impacto foi levar o trabalho para fora de casa. Esta mudança a princípio simples, mas que no local físico do trabalho desencadeou um processo que levou a um declínio acentuado na significação social outorgada à casa, alterando de forma drástica o papel do homem e da mulher, afinal de contas, as pessoas estavam acostumadas a trabalhar juntas como uma unidade, mas logo ficou claro que o trabalho industrial era muito diferente da cultura de trabalho centrada na família. O antigo padrão estava fundamentado na relação de trabalho entre o homem, sua mulher, seus filhos e seus empregados, na Revolução Industrial isso deu espaço a relações impessoais de trabalho que ficou fundamentada em salários.
Na era colonial uma única pessoa tinha e aprendia variais habilidades de projetar, planejar, e executar, porém, no capitalismo surgiu uma classe cada vez maior de gerentes e empreiteiros, que assumiu todo o planejamento criativo e a tomada de decisão, enquanto deixou aos trabalhadores as tarefas mecânicas divididas em etapas simples e repetitivas a linha de montagem. A estratégia primária era delinear um posto avançado, em que os "antigos" valores pessoais e éticos fossem protegidos e preservados, a saber, a casa. Esse lugar representava os valores e ideais duradouros que as pessoas queriam desesperadamente manter a despeito da modernidade: coisas como amor, moralidade, religião, altruísmo e abnegação. Para proteger estes valores em extinção, foram aprovadas leis que limitavam a participação de mulheres e crianças nas fábricas em seguida, a partir do início da década de 1820, houve uma enxurrada de livros, folhetos, manuais de aconselhamento e sermões que delineou o que os historiadores denominam doutrina de esferas separadas: a esfera pública dos negócios e finanças seria isolada da esfera particular do lar e família. Assim, a casa se tornaria um refúgio, um porto, do mundo cruel, um lugar de conforto e renovação espiritual. Essas mudanças afetaram as relações entre homens e mulheres.
Diante disso os homens não tiveram escolha senão acompanhar o trabalho fora das casas e campos, e entrar em fábricas e escritórios. Por conseguinte, a presença física dos homens em casa caiu drasticamente, ficou difícil eles continuarem agindo como o pai primário. Os pais já não passavam bastante tempo com os filhos para educá-los, impor disciplina, regular ou treiná-los em habilidades manuais e profissões de adulto, os homens passaram a se sentir ligados aos filhos mais por suas esposas, pois, depois da Revolução Industrial, a casa deixou de ser o local de produção e se tornou o local de consumo, as mulheres em casa foram aos poucos passando de produtoras a consumidoras, suas tarefas foram mudando progressivamente para a administração básica da casa e o cuidado dos filhos em vez de desfrutar um senso de indispensabilidade econômica, as mulheres passaram a ser dependentes, vivendo do salário dos maridos em vez de trabalhar num empreendimento econômico comum com os maridos, as mulheres ficavam excluídas em um mundo de "retiro" particular.
Como afirma Ezequiel de Souza "as mulheres foram consideradas mais próximas da natureza, enquanto os homens estariam relacionados a cultura e ciência". Em vez de trabalhar com outros adultos ao longo do dia, criados, aprendizes, clientes, fregueses e parentes, as mulheres ficavam socialmente isoladas com crianças pequenas o dia todo e as viúvas coloniais assumiam o negócio quando os maridos morriam, mas isso não acontecia mais. "No começo do século XIX", diz Nancy que "as viúvas eram vistas como lamentáveis casos de caridade", pois elas não tinham as habilidades trabalhistas para se sustentar.
E diante disso até os retratos de caráter masculino e feminino passaram por redefinição social. No antigo ideal de "masculinidade comunal" a palavra-chave era “dever”, dever aos superiores e a Deus. A definição de virtude masculina era manter as "paixões" em submissão à razão (sendo que paixão tinha a definição principal de egoísmo e ambição pessoal). O homem bom era aquele que exercia autodomínio e abnegação em prol do bem comum, mas o mundo emergente do capitalismo industrial promoveu nova definição de virtude.
O mundo capitalista exigia que todo homem agisse como indivíduo em competição com outros indivíduos, neste novo contexto, era apropriado, e até necessário, agir sob o impulso do egoísmo e da ambição pessoal. Surgiram teorias econômicas como o livro “A Riqueza das Nações” de Adam Smith, que trataram o egoísmo como força natural universal, análoga à força da gravidade na física" e ao mesmo tempo, a teoria política estava mudando da casa para o indivíduo como unidade básica da sociedade onde uma visão atomística da sociedade como agregado de indivíduos rivais e egoístas, livre para encontrar seu lugar na sociedade por competição aberta. Os valores do período colonial acabaram sendo virados de cabeça para baixo, na ótica dos puritanos, as "paixões" eram ameaça à ordem social, exigindo controle e autodomínio para o bem público, todavia, em fins do século XIX, as "paixões" e egoísmo masculinos passaram a ser vistos sob luz positiva como fonte de igualdade e prosperidade econômica, foi nessa época que a palavra “competitivo” entrou no idioma inglês.
Escreve Lesslie Newbigin - as pessoas encontraram na cobiça uma lei da natureza e a máquina do progresso, pelos quais o propósito da natureza e do Deus da natureza seria implementado. E quando os homens saíram para batalhar no mundo cruel e competitivo do comércio e da política, o caráter masculino em si foi redefinido como endurecido, competitivo, agressivo e egoísta, e as mulheres, foram chamadas para manter a casa como cenário isolado do etos competitivo e cruel da economia e da política, as mulheres tinham de cultivar as virtudes mais amenas de comunidade, moralidade, religião, sacrifício de si mesma e afeto, elas foram exortadas a agir como guardiãs morais do lar, tornando o lugar onde os homens ganhassem forças, se refizessem, se disciplinassem e se purificassem, um lugar de "retiro" do mundo competitivo e amoral lá fora. Como escreveu Francês Parkes em 1829: "O mundo corrompe; o lar deve purificar". Maridos e pais eram admoestados a agir como líderes morais e espirituais do lar, mas agora se dizia que os homens eram naturalmente rústicos e brutos, e que precisaram aprender a virtude com suas respectivas mulheres e muitos homens concordaram com o etos novo.
As mulheres foram chamadas para ser as guardiãs da moralidade, a fim de tornar os homens virtuosos, pela primeira vez a liderança moral e espiritual não era mais vista como atributo masculino, as mulheres assumiram esse papel. "As mulheres tomaram o lugar dos homens como guardas da virtude comunal", com o decorrer do tempo, esta "desmoralização" do caráter masculino deixou as mulheres e os homens desinteressados porque eles passaram a ser encarados como durões, competitivos e pragmáticos, que negavam suas aspirações morais e espirituais. Onde estava à igreja cristã em tudo isso? Pergunta Nancy, ela manteve pulso firme contra a "desmoralização" do caráter masculino? É triste dizer que não. Depois de séculos ensinando que maridos e pais eram divinamente chamados ao ofício da autoridade no lar, a igreja passou a fazer seu apelo mais a mulheres, os ministros diziam que elas tinham um dom especial para a religião e a moralidade, as mulheres excediam em número os homens, na proporção de duas para um e a religião causava uma impressão tão forte nas mulheres ou uma impressão mais leve nos homens que até o tom de religião se tornou feminizado, em suma, em vez de enfrentar a secularidade crescente entre os homens, a igreja em grande parte aquiesceu, voltando-se para as mulheres.
AS PREMISSAS DO FEMINISMO
Uma transformação similar estava ocorrendo no cenário da reforma social, foi nessa época que este movimento se espalhou ao mundo secular, algumas mulheres pensaram, se nós somos as guardiãs morais do lar, parece lógico que também sejamos as guardiãs da sociedade. Então se tornou impossível selar hermeticamente a vida particular para impedir a entrada na vida pública. Vícios públicos como embriaguez e prostituição têm consequências no âmbito particular. Como disse a líder da União Feminina da Temperança Cristã, as mulheres têm de procurar "tornar o mundo inteiro um lar" Foram então as mulheres que em grande parte abasteceram os muitos movimentos reformistas da era progressiva do século XIX, trabalhando em primeiro lugar pelas igrejas, as mulheres se puseram a reformar a esfera pública distribuindo benevolência cristã, esta rede interligada de sociedades reformistas foi cognominada o império benevolente. As mulheres que originaram estas primeiras expedicionárias não eram feministas: elas não fundamentaram a reivindicação de trabalhar fora de casa no argumento feminista de que não há diferença importante entre homens e mulheres, justamente o oposto: elas aceitaram a doutrina de que as mulheres são mais amorosas, sensíveis e piedosas e depois argumentaram que eram precisamente essas qualidades que as equipavam para o trabalho benevolente fora dos limites da casa. Como disse uma mulher daquela época, por muito tempo os assuntos governamentais e industriais são dominados pelas qualidades rudes, hostis, gananciosas, pertinazes e amorais dos homens, e agora eles não devem mais ser privados da influência temperante da compaixão, espiritualidade e sensibilidade moral das mulheres.
O local de muitas destas atividades reformistas foi à igreja, as quais foram apoiadas impulsivamente pelo clero, que declarou que a influência piedosa das mulheres era crucial para a sociedade. Todas estas questões acabaram gerando tensões e padrões duplos nas relações dos homens e mulheres, onde os homens foram vistos como vilões e as mulheres os melhores seres humanos com qualidades extraordinárias. Parte do movimento estava concentrado nas abolicionistas femininas que se inclinavam na ajuda das escravas que eram aproveitadas por donos de escravos, e assim banirem a prostituição e o aborto. A historiadora Mary Ryan resume a dimensão sexual dos movimentos reformistas: Quase todas as associações femininas de reforma eram condenações implícitas dos homens; havia pouca dúvida sobre o sexo dos donos de escravos, taberneiros, bêbedos e sedutores. A mensagem enviada pela doutrina das esferas separadas era que as mulheres têm de controlar os homens moralmente, explica o historiador Carl Degler.
As mulheres foram exortadas a trabalhar juntas para controlar a tendência masculina à lascívia, pois se a mãe era o árbitro moral no lar, esse papel concedeu às mulheres o direito, não a obrigação de regular o comportamento sexual dos homens, e diante de tudo isso os homens se tornavam cada vez mais propensos a serem agressivos, gananciosos, ambiciosos, hostis e egoístas, e às mulheres tinham o dever de refrear este comportamento, que os homens são inerentemente ordinários e imorais, e que a virtude é característica feminina, imposta nos homens apenas por grande labuta.
O mesmo conceito de virtude, que antes fora característica primariamente masculina, definida como coragem e dever cívico desinteressado, foi transformado em característica feminina, focalizada na pureza no final das contas, a tentativa de fazer das mulheres reformadoras morais dos homens foi frustrante. Por quê? Porque definiram a virtude como qualidade feminina, em vez de qualidade humana, e depois exigiram que os homens fossem virtuosos. Os homens viram esta atitude como imposição de um padrão feminino e este padrão é estranho à natureza masculina. Ser virtuoso assumiu conotações efeminadas em vez de varonis.
Em fins do século XIX e começo do XX, houve uma reação, os homens se rebelaram contra os esforços femininos de reformá-los e uma nova palavra entrou no vocabulário inglês: supercivilizado, e isto deixou os homens preocupados com a educação dos meninos, pois, estavam sendo cuidados e ensinados por mães e professoras e em consequência disso estavam ficando meigos e enfeminados, Nancy expõe que até as Igrejas sentiram o problema e remodelaram a religião em tom mais masculino. A revista Playboy foi lançada nos anos cinquenta, avisando que as mulheres são parasitas econômicas e o casamento, uma armadilha que "esmaga o espírito aventureiro e amante da liberdade dos homens". O tema era que a vida e os valores da família são impostos por mulheres, mas são opressivos para os homens, problemas que continua até hoje.
DIANTE DISSO, "ONDE E QUANDO" COMEÇOU O PROBLEMA?
O problema começou quando aconteceu à revolução industrial e o trabalho foi tirado de fora de casa, as mulheres deixaram de acompanharem o trabalho no cenário público assim como os homens fizeram, se excluíram e aceitaram ficar em casa. Diante disso, porque só as mulheres protestaram e não os homens? Surgiu o movimento das mulheres e os homens não se movimentaram por quê? Não podemos entender a mudança no papel das mulheres, a menos que ao mesmo tempo consideremos a mudança no papel dos homens, pois, eles estão entrelaçados que não tem como falar de um e deixar o outro.
A revolução industrial permitiu a especialização do trabalho de ambos ficando mais concentrado. Como exposto nos primeiros parágrafos, os homens perderam a integração tradicional na vida da casa e da família, perderam o contato íntimo que desfrutavam com os filhos ao longo do dia, e, por conseguinte, não atuaram mais como pai e professor primário dos filhos. De sua parte, as mulheres em casa perderam a participação que tinham na produção econômica, com extensa gama de habilidades e atividades relacionadas. A perda do papel produtivo tradicional das mulheres as colocou em nova dependência econômica, considerando que antes da Revolução Industrial a casa era sustentada por uma interação de serviços mútuos, agora o serviço não remunerado das mulheres se destacou de forma inédita, alimentando-se do estereótipo do caráter feminino como abnegadas e generosas, ou mais negativamente, como dependentes e desamparadas.
As mulheres também ficaram mais isoladas: perderam o contato fácil com o mundo dos adultos, ao mesmo tempo em que a responsabilidade na criação dos filhos aumentou, visto que já não era partilhada com o pai e outros adultos da casa. Com isso surge a resposta das duas questões acima. Foi porque a contratação das mulheres foi mais onerosa pelo facto de serem deixadas no particular, sofreram desvalorização e isolamento da vida intelectual, econômica e política. Em função disto, algumas mulheres, denominadas de “feministas” exortaram as outras a abandonar a casca vazia da casa e fazer valer seus direitos no cenário público, onde o "verdadeiro" trabalho era feito e poderiam recuperar um pouco de respeito. Hoje elas continuam reivindicando e protestando.
E os trabalhos de casa, os filhos, quem tomaria conta de tudo isso? Com isso surgiram os vários problemas que assolam a sociedade até nos dias atuais.
Pois ficou tão importante para as mulheres principalmente as feministas terem o controle de sua vida reprodutiva através da contracepção e do aborto; e quando tiveram filhos, exigir creches patrocinadas pelo Estado. Estas medidas eram cruciais para ganhar acesso relativamente igual aos homens no cenário público. Claro que do ponto de vista moral não considero a solução certa, mas hoje vemos pessoas (homens, como mulheres e principalmente aqueles intitulados de cristãos) a se oporem e censurarem todas estas questões, mas quantos de nós já paramos para pensar numa solução realista com relação ao problema? Quantas pessoas? Muitos criticam, mas poucos desconhecem a origem social, cultural, histórica e econômica de todos esses problemas. Atualmente as mulheres são novamente exortadas a voltarem a ser femininas e não feministas, serem donas de casa e afastadas de todas as ocupações inteligentes, isso não está certo. Mas presumir que homens e mulheres são iguais e que as mulheres precisam de um emprego bem remunerado (sucesso) para serem dignas é errado e equívoco por parte das feministas seculares atuais. Independentemente de trabalhar em casa, ou na esfera pública, as mulheres precisam saber que de alguma forma estão contribuindo para algo maior e ter sucesso é só mais uma ladinha do ego.
Diante destes problemas, várias são as propostas, mas somente uma surge como aquela que seria apropriada, "precisamos de economistas". À Economia como ciência cabe à tarefa de explicar o inexplicável, o misterioso e o contraditório, como aos sacerdotes dos tempos da religião cabia a tarefa de explicar a divindade do monarca e as injustiças do mundo do Deus Bom e Onipotente.
Como mercados desorganizados coordenam produção e abastecimento da melhor forma possível? Como existe tanta miséria após tantos anos de crescimento, criatividade, fartura e desperdício? Somos cientistas, temos campo comum de conhecimento, mas discutimos, apesar dos compromissos com a verdade dos cientistas e acadêmicos, como sacerdotes de seitas rivais.
O que se faz necessário enaltecer, todavia, é que longe da frieza dos gráficos, das equações, dos modelos matemáticos e estatísticos, a economia é, antes de tudo isso, uma ciência que estuda o comportamento humano, interagindo num mesmo espaço chamado mercado que, por sua vez, é repleto de fatos e acontecimentos.
Precisamos de economistas que reprogramem a economia moderna e apresentem soluções para resolução desses problemas, para que assim a casa volte a ser como era antes, mas de forma modernizada, onde pais e mães poderão tomar conta do lar, e dos filhos, ensinando, educando, formando e equipando-os para serem profissionais e pessoas que cumpram seus papeis diante desta sociedade decadente e de forma criativa dar solução para que as mãe solteiras, e as viúvas possam ter meios de conciliar trabalho e lar sem prejudicar o relacionamento com seus filhos.


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