Indo para a esfera economica, até que ponto vamos cooperar, ou, até que ponto a competição deve ir, se atentarmos para o nascimento de cartéis ou monopólios, instituições resultantes de união/cooperação, fica claro que nestes casos a cooperação (normalmente) vem depois da competição entre os membros, “que antes eram concorrentes”, cooperação esta que restringe-se apenas a cada membro do cartel ou monopólio, deixando os clientes dependentes de suas políticas internas, exemplo clássico é o caso da OPEP (os países membros possuem 75% das reservas mundiais de petróleo, suprem 40% da produção mundial e 60% das exportações mundiais. Graças à OPEP, os países são os mais bem pagos pelo seu petróleo. As reservas mundiais são calculadas em 1.144.000 milhões de barris.), que vêm manipulando os preços de venda de seus produtos não atendendo a dinâmica natural dos mercados, mas, conforme seus interesses particulares, (e fazem isso graças a cooperação).
Mediante factos fica claro que não devemos ensinar as pessoas a cooperar sem antes ensina-los a ser competitivas, pois, quando grupos ou entidades cooperam para do mercado tirar proveitos particulares, existe o pequeno comerciante oferecendo algum produto substituto ou semelhante graças ao seu espírito competitivo, o que seria de nós (consumidores) se só restasse a este comerciante cooperar - a única forma de nós (consumidores) cooperar seria obedecendo a dinâmica dos preços oferecidos pelo cartel/monopólio.
Em seu livro, a riqueza das nações, Adam Smith propós que, um dos fatores principais para o crescimento económico seria a divisão do trabalho, tanto que, o tempo e a história comprovaram a veracidade de tal argumentação, percebe-se que, a competição gera divisão e a divisão gera cooperação. Como assim:
Tomamos como exemplo:
Nadioreth, Vanda e Jéssica são trabalhadoras altamente qualificadas, cozinheiras, com conhecimentos gerais de culinária, mais cada uma com uma área especifica de atuação ou especialização, elas podem muito bem se juntar e formar um restaurante para melhor atender os clientes, a gente vai ver o restaurante como o resultado de uma cooperação, algo lindo e bonito, mais antes porém, ouve divisão e competição, qualquer uma delas não faria parte do grupo se antes porém, não mostrasse ser eficiente ou competitiva. Tal facto não deve nos remeter ao mesmo raciocínio quando falamos da OPEP (que vende um produto natural, o qual nem todos podem oferecer, por mais que queiram) diferente de vender comida, pois, trata-se de serviço não condicionado diretamente por fatores políticos.
Podemos nos indagar, mas os que não podem aprender, os que não conseguem fazer, e os que não têm oportunidade de ser eficientes, fica claro que é por eles que cada concorrente eficiente dá o seu melhor para os proporcionar um melhor produto e a preço mais baixo.
Sou péssimo cozinheiro e economicamente pobre, mais nunca deixei de comer um bom hambúrguer porque o Senhor Domingos da lanchonete ao lado não se intimidou com os concorrentes grandes, com seu espírito competitivo tem conquistado pessoas como eu para demandar seus produtos.
Um dos exemplos é o MC Donald, eu não preciso depender deste para comer um excelente hambúrguer, graças ao concorrente competitivo que consegue vender um hambúrguer de qualidade a um preço menor. Quanto mais os concorrentes vão crescendo e aprimorando suas táticas de fazer hamburguês maior vai ser a pressão do MC Donald de continuar a aprimorar as suas técnicas também, caso contrário os preços de mercado serão praticamente iguais (considerando que o MC Donald baixará os seus preços de forma a não perder clientes), e mais uma vez, quem sai a ganhar com isso é o consumidor final.
Em tratados sobre economia - Alfred Marshall no livro primeiro expõe que: em um mundo no qual todos os homens fossem perfeitamente virtuosos, a competição não teria lugar, mas o mesmo aconteceria com a propriedade particular e qualquer forma de direito privado. Numa conduta responsável da vida, é pior que a loucura ignorar as imperfeições ainda imanentes a natureza humana, a restrição da concorrência seria mais antissocial nos seus resultados do que a própria competição. A história em geral, especialmente a das aventuras socialistas, mostra que os homens comuns, raro são capazes de um puro ideal altruísta por tempo considerável, e que as exceções só se encontram quando um imperioso fervor de um pequeno grupo de entusiastas religiosos não faz conta das coisas materiais em face a grandeza da fé.
Marshall conclui que, o termo “concorrência” não é muito adequado para designar as caraterísticas especiais da vida industrial da época moderna. Precisamos de uma expressão que não implique quaisquer qualidades morais, boas ou más.

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