
Não se sabe a quanto tempo os chineses fazem isso, e de que forma as notas falsas eram aplicadas nos demais segmentos do mercado. Por se tratar de um espaço comercial (Cidade da China – lugar em que as notas eram falsificadas) onde a entrada e saída de altas somas de dinheiro é constante - o mais lógico é que a entrada das moedas falsas na economia se daria pela infiltração de pequenas quantidades de notas falsas em meio as notas verdadeiras para fora do espaço de falsificação.
COMO ISSO AFETA A MACROECONOMIA NACIONAL?
O excesso de moeda/dinheiro na economia gera inflação, pressionado o índice geral de preços pra cima. Os falsificadores ao emitirem notas falsas no mercado estavam efetivamente contribuindo para um aumento de papel moeda na economia - dinheiro proveniente do nada, gerando desequilíbrio entre a oferta e a demanda de moeda. Ou seja, maior oferta/demanda por moeda sem mudanças na capacidade produtiva da macroeconomia gera variações positivas no índice geral de preços.
Em Angola, é responsabilidade do Banco Nacional fazer a emissão ou retirada de moeda do mercado através de politicas monetárias, dentre elas, as mais comuns são: compra e venda de títulos, redescontos e depósitos compulsórios.
Ao vender títulos, o Banco Nacional de Angola está retirando moeda da economia, ao comprar está colocando mais moeda na economia, pagando pelo título adquirido. Os depósitos compulsórios feitos ao BNA pelos demais bancos privados, podem ser aumentados ou diminuídos em função das necessidades a serem superadas.
Suponhamos que a economia angolana esteja com a sua quantidade de moeda em equilíbrio e os chineses decidem adicionar mais cem milhões de Kwanzas falsos no mercado, quando nada mais mudou na economia – o nível agregado de investimentos continua o mesmo. Os angolanos teriam imediatamente mais moeda em mãos, gerando um aumento do consumo no curto prazo acima do normal. Aquela regra básica, que não precisa estudar economia para saber, quando a demanda é maior que a oferta o normal é que os preços sobem.
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