
Na visão de Marx, a concorrência também é considerada um processo auxiliar, e não
como um objeto em si mesmo digno de ser teorizado. Ela cumpre apenas um papel
de executar as leis de movimento da economia capitalista, um mecanismo permanente
de introdução de progresso técnico, capaz de tornar endógeno a economia
capitalista a capacidade de mudança estrutural via inovações.
A visão de Schumpeter, trata-se
de uma noção não ortodoxa, mas potencialmente a mais interessante de todas,
hoje conhecida como Concorrência Schumpeteriana. sua principal
característica é que ela se insere numa visão dinâmica e evolucionária do
funcionamento da economia capitalista. Carateriza-se pela busca permanente de
diferenciação por parte dos agentes, por meio de estratégias deliberadas, tendo
em vista obtenção de vantagens competitivas que proporcionem lucros de
monopólio, ainda que temporários. Por isso mesmo, concorrência não é o
contrário de monopólio. É um ativo de criação de espaços e oportunidades
econômicas, e não apenas, ou principalmente um processo passivo de ajustamento
em direção a um suposto equilíbrio. Nessa concepção, concorrência implica o
surgimento permanente e endógeno de diversidade no sistema econômico
capitalista, também como convém a um processo evolutivo.
Créditos:
Livro - Economia Industrial - David Kupfer e Lia
Hasenclever

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