
O fator que caracteriza a inflação é o facto de o aumento de preços se estender a todos os bens e serviços produzidos pela economia. Assim, se apenas os bens produzidos por um determinado setor tivessem seus preços elevados, não teríamos inflação. Imaginemos um país onde não haja inflação. Se em um ano as condições climáticas não são muito favoráveis e as safras agrícolas são menores, temos um aumento nos preços dos alimentos. Entretanto, se no ano seguinte a situação melhorar, pela obtenção de safras normais, teremos caraterizado apenas um aumento de preços de pouca duração e circunscrito a um setor específico.
A inflação é medida através de números-índices, que são fórmulas matemáticas ou estatísticas que dizem qual a porcentagem de aumento nos preços dos bens e serviços num determinado período de tempo.
Algumas pessoas poderiam pensar que a inflação não é um problema muito grave, uma vez que, tarde ou cedo a economia acaba por se ajustar a esse processo. As coisas não são assim tão simples, pois, para um país como Angola, que importa quase tudo que consome, qualquer aumento desmedido dos preços afetaria (e tem afetado) negativamente a vida dos angolanos, principalmente no curto e médio prazo. Outro problema gerado pela inflação, e talvez o mais grave do ponto de vista social é o efeito sobre a distribuição de renda. Num processo inflacionário os trabalhadores observam seus salários perdendo o poder de compra.
Outro importante efeito da inflação é sentido sobre as expetativas dos
empresários. Com a inflação e as medidas de política econômica de combate a
ela, como, por exemplo, redução de crédito e controle de preços, os lucros dos
empresários tendem a se tornar instáveis, facto que não lhes permite uma perspectiva
segura a longo prazo.
Inflação de Demanda, é causada pelo acréscimo dos meios de pagamento, que não é acompanhado pelo crescimento da produção.
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