Você já ouviu falar do Minimalismo? Como surgiu e o que defendem os minimalistas? Quais a diferenças e semelhanças entre a Educação Financeira e este movimento que não para de crescer? Além de ser formador e apologista da Educação Financeira, sou um “minimalista moderado”, e é com maior prazer que te levarei a uma breve leitura, onde serão respondidas as questões inicialmente propostas através dos parágrafos que se seguem.

Quando falamos em Educação Financeira, a primeira coisa que nos vem à cabeça é: “gastar menos ou ao limite do que se ganha”. De modo geral, a Educação Financeira vai muito além disso – esta consiste em levar os consumidores (famílias) a uma melhor administração dos seus rendimentos, nas tomadas de decisões de poupança e de investimentos, consumo consciente e prevenção de situações de burlas ou fraudes. Com o progredir da globalização e o mercado financeiro nacional e internacional, a Educação Financeira tem se tornado mais importante do que nunca.

Minimalismo – a princípio, o termo referia-se a manifestações artísticas, que ocorreram durante o século passado (XX). Tinham como base o uso mínimo de elementos estruturais como forma de expressão da arte e da comunicação, os nomes que se destacaram foram: Samuel Beckett, Robert Bresson, Raymond Carver, Colin Chapman, etc. Atualmente, o Minimalismo incorpora distintas áreas da expressão humana, sendo um estilo de vida seguido por muitos. O maior objetivo do Minimalismo é tornar as pessoas mais importantes que as coisas.

O estilo de vida minimalista baseia-se em diminuir os níveis de consumo, adquirindo apenas os objetos fundamentais para uma vida equilibrada. Os minimalistas defendem uma vida mais simples e focada em seus interesses reais – realização pessoal, autonomia, menos coisas e mais espaço, mais tempo livre e mais energia vital.

Evitar dividas, comprar só o que é necessário ou se desapegar de tudo que não tem grande utilidade a existência humana são algumas atitudes a se ter para quem deseja seguir o estilo de vida minimalista, logo, se você é uma pessoa financeiramente educada e pretendes adentrar ao minimalismo, já tens meio caminho andado.

De modo geral, o minimalismo faz uma crítica ao consumismo, ao fetiche da mercadoria e, até certo ponto, ao Sistema Capitalista. Minimalistas não buscam construir uma sociedade alternativa, a questão passa apenas por combater o consumismo dentro do sistema.

A Educação Financeira não prega o consumo moderado ou equilibrado como um estilo de vida em si, na Educação financeira o consumo moderado é grossamente estimulado quando:

1) Pretendemos sair da condição de devedor;

2) Pretendemos ter mais receita disponível através do corte de despesas;

3) Pretendemos abrir mão do consumo presente para o consumo futuro;

4) Pretendemos economizar para investir.

A título de exemplo, se você for rico, e ter dez carros luxuosos na garagem de casa, o educadore financeiros não entende tal acto como um problema em si, pois, você tem muito dinheiro sobrando e entende-se que os carros, podem ser uma opção de investimento, objetos de ostentação, ou simples bens de consumo. O Minimalismo vai além – questiona o porquê de ter dez carros luxuosos na garagem de casa se apenas um seria suficiente. A Educação Financeira visa deixar as pessoas superavitárias, o Minimalismo visa desmaterializar as pessoas daquilo que é desnecessário, supérfluo ou sem grande importância a vivência/convivência humana. O Minimalismo está associado a redução, sustentabilidade, saúde, e até um certo aspecto espiritual.

Recomendo o documentário Minimalism – retrata a vida de pessoas que vivem apenas com o essencial. Disponível na Netflix.


Por: QUINGURI F. Alexandre.

#Minimalismo

https://www.youtube.com/watch?v=PcuX8Vmm-hw